É nos anos franceses que Balbi desenvolve maior produção científica, ao abrigo de editores como Rey et Gravier e Jules Renuard. Uma produção que, no total, contará com mais de quarenta títulos, reorganizados analiticamente pelo seu filho Eugénio, após a sua morte. É em 1833 que publica aquela que é considerada a sua obra fundamental, Abregé de géographie (Paris 1833), um grande volume que reunia o melhor dos estudos geográficos da sua vida, a dotado como livro de texto nas universidades francesas. Uma obra que lhe trouxe grande notoriedade em todo o continente, traduzido em italiano, espanhol, português, grego, inglês e alemão (na Alemanha, em 1895, mandava-se publicar a oitava edição). Como nos lembra Mario Gliozzi, na sua entrada (1963) para o Dizionario Biografico degli Italiani, “apesar de ser uma obra de popularização inteligente, principalmente para uso escolar, o Abregé de géographie foi também popular entre especialistas, como A. von Humboldt, que apreciou a informação exacta e o cuidado crítico da documentação ”. Também o seu filho Eugenio nos informa que o favor científico em torno da sua obra foi unânime, com figuras como a de Conrad Malte-Brun a elogiar a organização dos dados, a lucidez do método e a crítica rigorosa. Mas nem todos os seus biógrafos concordam em exaltar a sua produção científica: de facto, Carlo Errera, importante geógrafo italiano entre os séculos XIX e XX, e autor em 1930 da entrada sobre Balbi para a Enciclopedia Italiana, imputava-lhe demasiado interesse pelas descrições políticas dos países, com o elemento físico “reduzido a algumas notas – uma enumeração de factos e não uma descrição fundamentada”, dedicando todo o espaço a aspectos políticos muitas vezes sobrecarregada de elementos estranhos (dados, quadros, listas estatísticas) que, segundo Errera, demostravam como Balbi “sucumbe muitas vezes à tentação de publicar novos dados e resultados, mesmo que sejam menos relevantes para o tema” .

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