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Com o apoio do material documental (veja-se, por exemplo: Junta do Comércio. “ Mapa das cargas de navios entrados em Lisboa e Porto ”, mç. 312), podemos confirmar o quadro analítico de Balbi, acrescentando alguns dados mais pormenorizados. Por exemplo, evidencia-se o facto de que as importações/exportações de e para Itália se realizam principalmente com os portos de Lisboa, Porto, Setúbal e vários portos algarvios, sobretudo Portimão e Vila Real de Santo António. Relativamente aos navios que entram (nos) e saem dos portos portugueses, há nesta época um tráfego intenso nas rotas luso-italianas dirigidas para o norte da península; além de Génova, porto de destino principal, dos portos de Lisboa regista-se particular saída de mercadorias para Trieste e Veneza (duas cidades que, na altura, se encontram em território de domínio austríaca). Os outros portos italianos que se relacionam comercialmente com os portugueses, além dos de Nápoles e de Liorne (citados por Balbi) são os de Civitavecchia e Palermo. Em 1819, frente aos 25 navios napolitanos que entram no porto de Lisboa, saem 28; no ano seguinte terá passado, respectivamente, a 10 e 12; a redução sensível do número deve ser situada na queda geral do comércio marítimo, cuja recuperação será uma das preocupações do iminente governo vintista. Como vimos, são muitos os aspectos valiosos para comprender a realidade portuguesa presentes nas obras de Adriano Balbi. A este respeito, não deve ser esquecid o o texto que utiliza como “posfácio” ao Essai (vol. II, pp. cccxxxiv-ccclviii), um escrito do abade Correia da Serra intitulado “Coup d’oeil sur l’état des sciences et des lettres parmi les Portugais pendant la second moitié du siècle dernier”, publicado no primeiro volume dos Archives littéraires de l’Europe (Paris, 1804). |
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