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É, pois, com a fama de erudito e o capital cultural da sua formatura em Cânones que ACA entra na Academia. António M. Hespanha, sobre esta década em que é fundada a Academia Real das Ciências, e particularmente no que diz respeito às áreas em que se move Amaral, refere o seguinte: “na verdade, é muito claro que, a partir da década de oitenta do séc. XVIII, o reformismo jus-racionalista se afirma como cultura política dominante nos círculos que pensam, e que ocupam o novo espaço público da literatura académica, dos jornais, das academias, das repartições da nova “administração activa” reformista” (Guiando a mão invisível…, 2004, p. 45). É no âmbito deste “reformismo jus-racionalista”, presente igualmente na Academia das Ciências, que ACA situará os seus estudos históricos. Que interpretação deu a este jus-racionalismo é o que tentaremos compreender. Logo no primeiro ano de existência da Academia, em 19 de Julho de 1780, apresentou Amaral em sessão académica o Projecto de huma História civil da Monarchia Portuguesa. Aqui, e também no Plano da História Civil apresentado à Academia na Assembleia de 15 de Novembro de 1780, expõe o historiador a sua concepção de história, os seus objectivos e o seu método. Nas suas palavras, pretende “empreender....huma História, que tenha por objecto tudo o que toca ao governo interior da Monarchia Portugueza.... não digo huma simples Historia do Direito Portuguêz, cingida às nossas leis escritas: quem não sabe a grande parte, que na vida Civil tem outras leis não escritas, que naturalmente manão do génio dos Povos, quero dizer, os costumes, e os uzos” (Projecto de uma historia civil ..., p. 507). |
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