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A Universidade de Coimbra que João Pedro Ribeiro frequenta é o principal centro intelectual em Portugal, tendo sofrido uma reformulação nos seus estatutos e na sua posição perante a ciência. As novas ideias que nessa instituição circulam, nomeadamente na área do Direito, construíram uma preferência pelo direito pátrio face ao direito romano, versando-se nomeadamente em aspetos relacionados à administração, fazenda, corte e justiça. Para um entendimento destes organismos nas suas funções e evolução, torna-se necessário também um profundo conhecimento de História de Portugal. Por sua vez, mesmo que ainda seja uma história-ferramenta, esta é ensinada através da análise de fontes: crónicas, diplomas, códigos legais (BARREIRA, Aníbal, “João Pedro Ribeiro, sua posição na historiografia…”, pp. 5-6). É neste ambiente ideológico face à História e à documentação que João Pedro Ribeiro levará a cabo dois trabalhos que contribuirão para a sua reputação; e em 1784, é incumbido pelo Conselho de Decanos da Universidade de organizar a documentação que pertencera aos antigos colégios jesuítas (BAIÃO, António, A Infância…, p.11). Em 1783, auxilia D. João de Magalhães e Avelar, docente na Universidade de Coimbra e Bispo do Porto e João António Salter de Mendonça, desembargador, a examinar alguns cartórios para um estudo que estariam a levar a cabo (BASTO, António, “João Pedro Ribeiro e a Historiografia…”, p. 18). Com a reputação que semeara ao desempenhar funções nestes projetos e tendo sido eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências, João Pedro Ribeiro, em 1789 propõe a Correia da Serra que a Academia crie um índice cronológico da documentação existente nos arquivos do reino. A carta em que Ribeiro formaliza esse pedido é bastante fértil sobre as suas ideias, vindo a ser objeto de estudo neste verbete. Ainda que iniciado, este projeto acaba por nunca ver a luz do dia, contudo, João Ribeiro terá sucesso noutros (Idem, ibidem. BAIÃO, António, A Infância… pp. 8-9). No ano seguinte será integrado numa equipa da Academia Real das Ciências com o intuito de visitar os cartórios, câmaras e mosteiros do reino em busca da documentação fulcral da medievalidade do reino. Dessa equipa faziam também parte os sócios Frei Joaquim de Santo Agostinho e Joaquim de Santa Rosa de Viterbo, sendo que Ribeiro vai percorrer e visitar essencialmente o litoral norte do reino (BASTO, António, “João Pedro Ribeiro e a Historiografia…”, p. 18). Expectável ou não, deste projeto de visitações e publicações documentais, surgiram várias questões tanto práticas como teóricas e impactantes na vivência académica e historiográfica de Ribeiro e do reino. Através desse processo foi possível encontrar materiais e conteúdos inéditos, que assim puderam ser divulgados junto da comunidade académica; apurar o ponto de situação da historiografia e arquivística e estabelecer imperiosas regras operatórias para o trabalho com a documentação (BARREIRA, Aníbal, “João Pedro Ribeiro, sua posição…”, p.12). |
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