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Atendendo a esta descrição biográfica da vida de Ribeiro, é possível atestar que, academicamente é marcado por uma dicotomia que se completa. Por um lado é formado em Direito e é um estudioso da História deste, utilizando-a como ferramenta auxiliar. Por outro, é o precursor da Diplomática no reino, trabalhando em prol do estabelecimento de uma História crítica e assente em regras operatórias (Barreira, Aníbal, João Pedro Ribeiro. Sua Posição na Historiografia Nacional , 1979, p. 14). Esta dicotomia está também relacionada e/ou presente com as suas almae matres . De Coimbra herda formação ou a base crítica na análise da documentação, mas na Academia ganha, trabalhando em prol disso também, a ideia da autonomização da História como uma ciência per se (BARREIRA, Aníbal, “João Pedro Ribeiro…Historiografia Nacional, pp. 14-15; SERRÃO, Joaquim Veríssimo, A Historiografia Portuguesa, p. 210). É da comunicação entre estes vasos de ideias que nasce a maior parte das obras e do labor historiográfico de Ribeiro. O seu legado assenta essencialmente no desenvolvimento das ciências auxiliares, em grande minúcia, para a análise crítica da documentação, de modo a alcançar uma história escrita com rigor. Desse processo resulta tanto a publicação documental, como o estabelecimento de regras para tal. É possível olhar para duas pequenas efemérides da historiografia nacional que demostram a utilização do legado e do aparato ideológico de Ribeiro. Numa questão de legado, podemos pensar em Caetano do Amaral. O autor de Memórias sobre a forma do Governo, e costumes dos Povos que habitavam o terreno Lusitano faz várias referências a Ribeiro e ao trabalho que este e outras figuras da Academia tiveram para que o seu trabalho fosse possível (MOTA, Isabel Ferreira da, “AMARAL, António Caetano do”). Em relação à utilização do aparato ideológico, podemos atentar que João Pedro Ribeiro, alinhado com muitos dos seus colegas da Academia, não confere qualquer importância às afamadas Cortes de Lamego. Aqui compreende-se uma clara utilização de um método crítico para afastar os factos da mitologia (MATOS, Sérgio Campos, Historiografia e Memória Nacional, p. 66). |
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