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Por vezes, a crítica da sociedade e política portuguesa dava lugar à análise cultural e histórica – e até ao debate. A evocação de outros historiadores e intelectuais – do seu tempo ou do passado – para efeitos políticos ou culturais foi recorrente. No artigo “A voz crítica de um «homem difícil», publicado no Diário de Lisboa em Setembro de 1985, Piteira Santos recorre às palavras de Vitorino Magalhães Godinho na obra Portugal, a Pátria Bloqueada e a Responsabilidade da Cidadania (1985) para evocar um sentimento de pessimismo e de incerteza perante o futuro do país, apelando à reforma e aprofundamento da democracia em Portugal (Santos, “A voz crítica…”, 1985, p. 3). António Sérgio é alvo de algumas crónicas onde repetidamente se evoca a sua obra e as suas lições num Portugal em mudança e afirmação democrática com bases no socialismo (Santos, “A obra de António Sérgio”, 1978, p. 3). Ou ainda a sua recensão à reedição da obra História da Imprensa Periódica Portuguesa , de José Tengarrinha (1989), onde se encontram considerações sobre a relação entre história, jornalismo, política e cultura (Santos, “Jornalismo e História”, 1989, p. 12). Em Julho de 1992 escrevia no Jornal de Letras , respondendo a Jorge Borges de Macedo, que não se verificou uma “ofensiva da historiografia marxista” nas décadas de 1930 e 40, mas antes a afirmação de uma “história sociológica” (ou “história problematizada”) que tinha como objectivo principal a renovação da escrita da história por intermédio do rigor científico, da crítica e articulada a problemas do tempo presente. A questão ideológica latente a essa historiografia não é desvalorizada, mas o historiador alerta que não se devia confundir as convicções políticas e pessoais com o ofício de historiador (Santos, “A «historiografia marxista» e a moderna História de Portugal”, 1992, pp. 6-7). |
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