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Comparando as traduções das edições de 1842-43 (parcial) com a de 1893-1899 (integral) da obra de Heinrich Schaefer, as discrepâncias não aparentam ser tão gritantes quanto já foi afirmado. Parece tratar-se, sobretudo, de conceitos diferentes de tradução: uma livre e popular, a partir do francês; outra fiel e científica, a partir do alemão. A própria preparação cultural dos dois tradutores, bem como o cuidado editorial na impressão e calendarização das duas edições, explicarão o porquê dessas diferenças. A edição portuguesa de finais do século XIX, tão elogiada e tida, de uma forma geral, como reproduzindo textualmente a edição alemã original, acaba por não concretizar tão louvável desígnio. Assim, percorrendo os vários volumes da dita edição, que corre com o título de História de Portugal desde a fundação da monarquia até à revolução de 1820. Vertida fiel, integral e directamente por F. de Assis Lopes. Continuada, sob o mesmo plano, até aos nossos dias, por J. Pereira de Sampaio Bruno, é visível que os prefácios originais de Schaefer, ao invés de serem reproduzidos – como seria lógico e natural – no início de cada volume português, são remetidos para o volume final da edição. Além disso, não existe correspondência directa total entre os tomos da edição original alemã e o que se esperaria ser a edição portuguesa crítica e definitiva. Temos, assim, por vezes, a heterodoxa divisão de matérias sem uma relação directa com períodos históricos específicos e fáceis de compreender: vols. I, 1893, 1095-1383; II, 1893, 1383-1495; III, 1895, 1481/95-1580 (incluindo a Índia portuguesa, 1528/1538); IV, 1898, 1580-1750 (incluindo a restante análise da Índia portuguesa, de 1528/1538 a 1580); V, 1899, 1750-1820. Neste último volume estão incluídos, em bloco, os prefácios de Schaefer aos quatro volumes da edição original, a pp. 449-67. Lamente-se também o facto de que volumes intitulados VI e VII, publicados até 1926 pela Casa Editorial A. Figueirinhas, tenham sido aproveitados para uma nova continuação da obra original de Schaefer, agora estendida até 1910, com recurso a leituras integralistas do passado português por parte do autor, José Agostinho. Trata-se de um procedimento que não é inédito na época. |
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