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As suas participações culturais são também o contributo de quem era lúcido observador e intérprete da situação nacional e internacional, especialista em questões políticas e económicas que não se limitou a sê-lo. Como escritor, foi uma voz interventora, vibrante e sensível, como se colhe, por exemplo, nas páginas que dedica ao processo na inquisição de António José da Silva. Respondeu pela renovação da interpretação política, o estudo das instituições, o aperfeiçoamento da abordagem das mentalidades, para além dos aspectos mais comummente citados de aperfeiçoamento da interpretação económica. E foi decerto esta apreciação mais ampla que marcou os seus contemporâneos e permaneceu nas academias estrangeiras e noutros círculos culturais, nos congressos da especialidade, no reconhecimento pela Real Sociedade de História de Londres, e no testemunho de admiração por parte de historiadores como Henrique Lopes de Mendonça, Edgar Prestage e, mais tarde, V.Magalhães Godinho e Jorge Borges de Macedo. |
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