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A realidade humana do Pará e do Amazonas terá sido o primeiro estímulo para Lúcio de Azevedo como historiador, convidando-o a ajuizar, pela sua formação cultural e técnica, uma situação concreta de comércio e as capacidades de sucesso de uma cultura tecnológica num determinado espaço geográfico e humano. Estes seus interesses reflectem-se nos escritos dispersos que vai preparando para a imprensa local reunidos em Estudos de História Paraense (1893), que chama a atenção do público e dos círculos de cultura. Prossegue a sua actividade literária e histórica num jornal de Belém do Pará, coligida em Livre Amazonas. Vida Nova (1899). É a primeira fase da sua vida cultural. Borges de Macedo sublinha as suas características já evidenciadas como historiador: ao nível do questionário, a procura da compreensão das capacidades de resposta da civilização humana a diversos ambientes, que está implícita numa atitude de história comparada; ao nível do método de exposição, o enunciado de um problema e o carreamento de documentação e de propostas de interpretação, sucessivas e alargadas, testando o resultado até chegar a uma formulação mais abrangente. Este processo poderia levar 8 a 10 anos. Para o enriquecimento desta primeira fase, que decorre até ao regresso a Portugal em 1900, muito terá contribuído o relacionamento com o meio cultural e político do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com os seus programas e debates, a rede de contactos com instituições congéneres europeias e americanas e a procura de documentação e bibliografia atestada na correspondência particular e institucional que provam o dinamismo e internacionalização das perspectivas de que pôde lucrar a obra historiográfica do autor. |
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