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Para o público mais alargado, a apreciação de O Marquês de Pombal e a sua época deveu-se a Fidelino de Figueiredo na Revista de História (nº. 1, Janeiro-Março de 1912). Esta revista assumia um papel activo de crítica à política cultural e de ensino, e de defesa do património documental. Interrogava o articulista: “Qual a concepção historica do autor? Crêmos que se não subordina a sistema nenhum, antes procura, sem obsessões, joeirar o que em todos há de verdadeiro. E’ por isso que na averiguação das causas, o sr. Lucio de Azevedo aponta as determinantes mais variadas, desde as causas económicas, como a crise no Grão Pará e Maranhão, donde resultou a instituição da celebre companhia; intellectuaes, como quando filia o procedimento do ministro, tão insolitamente progressivo, na transformação que nele se operou, durante a estada na Inglaterra; até às simples causas pessoaes, como por exemplo quando por despeitos e ressentimentos ou pelo simples desagrado que o caracter absorvente do ministro em todos produzia, explica a divisão das facções. E’ que o sr. Lucio de Azevedo é um espirito superiormente orientado, com uma sólida educação histórica aliada a um largo conhecimento da vida e dos homens, não se deixa levar no entusiasmo pelo marquês, nem vai às afirmações absolutas. Por isso corrige sempre criteriosamente e sempre fundadamente, os seus assertos”. A esta apresentação seguia-se o primeiro artigo de Lúcio d’Azevedo no nº 2 da revista – os “Estudos para a historia dos christãos novos em Portugal”, a que se seguem outros com o mesmo título, os trabalhos sobre “Judeus portugueses na dispersão”, os que dedica ao Padre António Vieira e outros artigos. A revista, entretanto, extinguia-se, mas J. Lúcio de Azevedo publicava a obra preparada ao longo destes anos: a Historia dos Cristãos Novos Portugueses. |
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