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Assiste-se, então, à promoção em Portugal do ideário luso tropicalista de Gilberto Freyre e Jorge Dias colhe nele inspiração selectiva, exaltando a mestiçagem, mas não colocando todavia a ênfase no legado mouro e judaico entre os portugueses. Mas não só. Também as considerações de Sérgio Buarque de Hollanda, bebidas em Weber, de que os portugueses, católicos, não conferiram à sua colonização um carácter capitalista, foram utilizadas por Jorge Dias (J.M. Sobral, O Outro aqui tão Próximo..., 2007, p. 495). Os contributos da antropologia cultural, de pendor relativista, convivem, no discurso do autor, com uma atitude nacionalista etnocêntrica que insiste na superioridade civilizacional do cristianismo e na missão providencial dos portugueses, a qual se identificava plenamente com a retórica política oficial do Estado Novo. |
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