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Com uma história interrompida ao longo de cento e cinquenta anos, renascia das cinzas, a 19 de Maio de 1936, a Real Academia da História Portuguesa, sob a designação de Academia Portuguesa da História. A partir de 18 de Março de 1937 a Academia Portuguesa da História assumia a missão primeira a que foi chamada, que o mesmo é dizer, colaborar nas comemorações do Duplo Centenário, de acordo com a “… notabilíssima nota oficiosa de Sua Excelência o Presidente do Conselho, que determina, num admirável programa, a dupla Comemoração Centenária da Fundação e Restauração da Nacionalidade (1939-1940)”. Com efeito, quando o artº. 39 do Título V do Regimento da Junta Nacional da Educação, contido no Decreto 26.611 do Ministério da Educação Nacional, publicado na I série do D.G. nº. 116, de 19 de Maio de 1936, fundava a Academia Portuguesa da História, pensava-se na decisiva importância da Instituição para o projecto comemorativo. A inauguração da Academia renascida foi marcada para 1 de Dezembro do mesmo ano. Porém, foi adiada para o ano seguinte, vindo os respectivos estatutos a ser publicados pelo decreto 27.913 do mesmo Ministério, inserido na I série do D.G. nº. 177, de 31 de Julho de 1937. Haviam sido elaborados, tendo em conta “… a organização da Academia Real da História Portuguesa, fundada por El-Rei o Senhor D. João V…”. Essa mesma filiação era assumida pelo primeiro Presidente, Doutor António de Vasconcelos, que afirmava no discurso 2 de Abril de 1938, “… A Academia Portuguesa da História, nascendo agora, vem entroncar as tradições gloriosas da sua predecessora, a Academia Real da História Portuguesa, que no século XVIII surgiu numa época interessantíssima, animada e protegida pela acção dedicada e eficaz do grande rei D. João V… Tudo nos leva a esperar que a actual Academia Portuguesa da História, começando a sua vida com entusiasmo, vigor e eficiência, não inferior à que animou os primeiros anos da Academia Real da História Portuguesa, e com frutos copiosos que já vamos prevendo prometedores, haja contudo longa vida e preste relevantes serviços a Portugal no presente século e nos seguintes…”. Para dar corpo àquela instituição, contara o rei com o grande entusiasmo de D. Manuel Caetano de Sousa, religioso Teatino, de vasta cultura histórica, literária e teológica. Com ele estiveram, o Marquês de Alegrete, Fernão Telles da Silva, o Conde da Ericeira, Francisco Xavier de Meneses, o Conde de Villamayor, Manuel Teles da Silva, Martinho de Mendonça de Pina e de Proença e também D. António Caetano de Sousa. |
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