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Academia Portuguesa da História I (1936 – 1974)I / | ||||||||||||
Nas palavras do Presidente, “… Bem é que a Comissão fique com poderes para agregar a si qualquer pessoa técnica especializada… Há, sem dúvida, vantagens em estabelecer harmonia entre esta Comissão e a outra, já nomeada para cuidar das restantes publicações. Pode servir de traço de união entre as duas o Secretario Geral… … … No caso de ser aceite esta proposta, ficarão ipso facto nomeados…: Manoel Paulo Mereia, Presidente; Conde de Tovar, vice-presidente; A. Botelho da Costa Veiga, Damião Peres, [vogais?]; Ruy de Azevedo, secretário”. A nomeação foi imediatamente comunicada aos ilustres académicos. Refira-se que em todo este processo sempre foram incluídos académicos brasileiros, igualmente entusiastas das comemorações. Por todos escreve Pedro Calmon, a 3 de Dezembro, informando que “… os académicos brasileiros vão combinar, dentro do mesmo plano de trabalhos, a colaboração com que pretendem prestigiar as comemorações centenárias”. De resto, a relação com o Brasil foi fomentada desde o início da Academia refundada, havendo total reciprocidade de objectivos. Disso é exemplo o ofício do governo do Brasil que, a 22 de Setembro, convida o Presidente a participar, no Rio de Janeiro, na cerimónia comemorativa do primeiro centenário da fundação do Instituto Histórico e Geográfico. Podemos dizer que o ano de 1939 viu a Academia atingir a sua velocidade de cruzeiro. Os académicos reuniram sistematicamente, quer em Conselho quer em sessões ordinárias. No primeiro caso contam-se 12 reuniões, nas quais sempre se analisou o andamento das publicações a que a Academia se comprometera para as comemorações. A 21 de Março, o Conselho aprovou o modelo de capas a efectuar para as respectivas edições. No que se refere às 13 sessões ordinárias realizadas, todas presididas por António Baião e secretariadas por Afonso de Dornelas, são bem elucidativas do debate de ideias que, desde o seu início, marcou os trabalhos da Academia. Não é este o momento de o fazer, mas seria interessantíssimo analisar, por exemplo, os confrontos entre Ruy de Azevedo e Alfredo Pimenta, bem patentes em várias destas reuniões. Enfim, outros aspectos da vida da Academia ficam retratados, importando agora apenas referir a lista de publicações pronta e anunciada em sessão de 15 de Novembro. |
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