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Academia Portuguesa da História I (1936 – 1974)I / | ||||||||||||
Multiplicavam-se também as solicitações à Academia, que se via consultada sobre os mais diversos assuntos (O Banco de Portugal pedia indicações para a “emissão de notas, cujo desenho tenha por motivo pessoa ou factos que de maneira preponderante hajam contribuído para os acontecimentos que vão ser comemorados”. O pedido foi posteriormente satisfeito, sendo comunicado por ofício de 6 de Julho do mesmo ano). Enfim, a máquina estava em funcionamento e urgia suportá-la em pessoal de secretaria, capaz e trabalhador. Esse pedido está ilustrado em diversos ofícios, bem como nos orçamentos, que registam igualmente as verbas necessárias para aquisição de mobiliário. Presente em quase todos os contactos está também a necessidade de encontrar uma sede condigna, objectivo que nem o Doutor António de Vasconcelos e a sua equipa nem os Presidentes seus sucessores lograram ainda concretizar! Mas a maior actividade da Academia foi, sem dúvida, a que se prendeu com as publicações a fazer. Tomando conhecimento da aprovação, pelo Presidente do Conselho, do programa editorial proposto, o conselho académico, reunido em 12 de Agosto, manifestou o seu regozijo, por tal decisão que dava “… à Academia a faculdade de principiar a sua acção com uma série de obras de apreciado valor, deliberando… … solicitar a colaboração de todos os académicos, convidando-os a elaborarem monografias…”. Seria depois aprovado, de acordo com a proposta governamental, que não se fizessem apenas monografias, mas também colecções de fontes e iconografia relativas à História de Portugal. Foi sugerido, para começar, o Livro das Fortalezas do Reino por Duarte Darmas, o Livro do Armeiro-Mor, e o Livro da Nobreza por António Godinho. Compulsando a correspondência expedida e recebida pela Academia ao longo destes meses, pode ter-se a noção do entusiasmo que estes homens puseram na tarefa. São inúmeras as propostas recebidas e as listas enviadas, para aprovação, ao ministro. Isso mesmo se reflecte nas alterações orçamentais que rapidamente viabilizavam novos montantes. A título de exemplo diga-se que o orçamento aprovado para 1938 consagrava 60 contos para início das publicações, mas esta verba passaria para 150 contos, em 1939. Para coordenar os trabalhos foi proposta e aceite a nomeação de uma comissão executiva que teria 5 vogais e que deveria “… reunir-se sem demora…”. |
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