Maria do Rosário Ferreira, filóloga responsável pela organização de um volume de síntese dos avanços em torno da cronística no âmbito daquele Seminário (2010), tem sido nos últimos anos uma das principais agentes no estudo e divulgação da cronística. É também dessa autora a responsabilidade pelo projeto «Pedro de Barcelos e a monarquia castelhano-leonesa» que até 2015 procurou estudar, editar e dar a conhecer a secção final inédita da Crónica Geral de Espanha de 1344. O conhecimento desse texto recebeu também largos contributos, sobretudo no contexto da análise da historiografia hispânica medieval, com particular destaque para os avanços de Inés Fernández-Ordóñez nas primeiras décadas do séc. XXI. Ainda assim, aguarda-se uma edição completa daquela crónica na versão que terá sido a redigida pelo Conde Pedro Afonso e que Diego Catalán, como vimos, deixou incompleta. As principais orientações dos estudos cronísticos, à exceção de Fernão Lopes e seus continuadores, permaneceriam sempre muito ligadas àquele texto de 1344 e maioritariamente à perspetiva filológica avançada por Cintra e que continua ainda a elucidar o trabalho historiográfico.