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Daqui carreou a reflexão maior, de cariz epistemológico – eivando-lhe a sistemática, dir-se-á, doutro lado atado em excesso à fixidez racionalista do lógos –, na História das ideias e da cultura, erradicando-a da hegemonia panlógica, provicencialista, necessitarista, mostrando elos da poliédrica correlação dos phoenomena, o que “constitui um dos mais subtis problemas da sociologia da ciência” (Idem, III, p.378). Como os Humanistas que louva no alvor Moderno, aspirava à escrupulosa humildade do sábio, invocando a “atitude varonil de consciência que situa as coisas numa hierarquia de valores”(Idem, V, p.300): via no Saber o acesso à “segunda natureza verdadeiramente moral” e no trabalho o “instrumento de todas as conquistas humanas” (Idem, p.305), maxime, o trabalho intelectual, ócio teórico, senhorio do tempo, fundamento do progresso social e civilizacional (Idem, VI, pp.288-90). Valorou a liberdade, a democracia e o generoso apólogo da diversidade cultural e filosófica como fundação paidêutica do ser, sem alienar o húmus, a busca da universal dignitas (leia-se a prolepse da Democracia e da Liberdade, Idem, pp.257-288, ou o inacabado excurso na História da Educação, Idem, pp.298-519), ao contrário dos intelectuais funcionários – julgando-se sabedores, o sancta simplicitas (clamaram Nietzsche e Erasmo), e julgarem saber – que dão azo a atropelos ou foram, na cara do inumano, subsistindo na sombra do silêncio. |
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