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Sociologia, história económica e social, sobretudo geografia e agudo sentir dos anseios espirituais e religiosos, servem à arquitectura das obras-primas escritas no exílio. Apresentando as provas do que afirma, embora numa interpretação dos documentos que por vezes só com aceitação dos pressupostos da teoria do sigilo se sustenta. Cortesão vai procurar no percurso da ocupação do território e da articulação dos modos de vida da população das várias regiões a emergência da nacionalidade. A comunidade constituía-se a partir dessa junção de proveniências diversas. Contando ainda com alguma colonização estrangeira. Deixam de se procurar motivos vários, mais ou menos intemporais e imaginários – e sempre com impossibilidade de se provar a sua adequação – para se avançar no conhecimento da economia e da administração do território. Ponto central para explicar a afirmação nacional, no século XIV, a “profunda renovação económica do País.” Era a resposta à procura externa de vinhos e sal, de azeite e de frutas. Assinalava-se ainda a exportação de mel, cera, coiros, peles e lã. E a junção da economia do interior com a do litoral vai efectuar-se. “No interior a faina agrícola e pastoril; na costa a exploração do sal e a pesca que se estendia do nosso litoral ao estrangeiro.” Estava assim “criado o novo género de vida nacional: o comércio marítimo a distância, com base na agricultura.” (Os factores..., pp. 89-91) |
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