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Cortesão está atento à obra de geógrafos: conhece e serve-se repetidas vezes da geografia de Jean Brunhes e Camille Vallaux (La Geographie de l’Histoire) e é leitor dos Annales de Géographie do período áureo dessa ciência em França. Além disso, dá uma atenção muito especial aos estudos das cartas dos ventos e correntes da marinha americana, embrenhando-se nos complexos estudos da navegação marítima. É o geógrafo na história que se prepara. Em 1944 reconhecerá que nos “estudos de história da geografia” se tinha especializado (Cabral e as origens do Brasil, p. 5). Desde 1926 que apelava também para a sociologia francesa. A Philippe de Champault, “um dos discípulos mais penetrantes da ‘Ciência Social’” vai buscar a seguinte lei social: sempre que os comerciantes transportadores descobriram uma rota vantajosa para chegar a países novos, oferecendo produtos ricos, tudo fazem para se reservarem, para si e para o seu grupo comercial, o monopólio da exploração desta rota.” Daqui, e guiado por esse discípulo de Durkheim, parte para o enunciado de uma série de regras que devem observar-se em todos os povos em similar situação: “a) transformar [o comércio dos produtos ricos e as respectivas rotas] num monopólio; b) fechar as rotas que a isso conduziam por meio de tratados e de lendas proibitivas, ou de perseguições para todos os transgressores; c) tornar secreta toda a sua política e a sua acção comercial, tanto quanto os factos que as referiam; d) vigiar os estrangeiros no exterior e no interior e excluí-los do seu agrupamento social.” (Le Traité..., p. 24). |
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