| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | Estrangeiros | |||||||||||||
Antes de mais procede à seriação das fontes: “a) documentos oficiais sobre a organização da armada; b) testemunhos directos de algumas pessoas que viajaram ou colaboraram nela; c) informações transmitidas pelo Rei ou por italianos para o estrangeiro, quer durante a viagem quer alguns dias depois da chegada dos primeiros navios de Cabral.” Só depois se considera a pertinência de outros documentos, como a carta de Cantino, os relatos de Castanheda, João de Barros, Damião de Góis, Jerónimo Osório, Gaspar Correia – que serão devidamente ponderados e relativizados – bem como o “Livro das Armadas”. “O exame comparativo das fontes originais oferece desde logo uma vantagem: estabelece-se a indiscutível e recíproca autenticidade [que poderia afigurar-se duvidosa quanto às que chegaram até nós em traduções], pois coincidem inteiramente, salvo pequenas divergências que inspiraram cada um dos documentos. Por outro lado, como se completam e esclarecem mutuamente, é possível formar com eles um esquema inteiro dos factos mais notáveis da expedição, compreendendo a respectiva escala cronológica. E se este esquemático relato deixa ainda insolúveis alguns dos problemas mais graves que à viagem se prendem, serve, pela sua indiscutível veracidade, como padrão para contrastar a fidelidade dos relatos das crónicas. Esse esquema constitui verdadeiramente uma pedra-de-toque.” (A Expedição..., pp. 41-46). Erudição atenta. Comparatividade das fontes e busca da autenticidade do testemunho. Preocupação com a intenção que esteve por detrás da redacção de cada uma delas. Escolha e hierarquia documental como elaboração prévia à arquitectura global. E também outras preocupações com outras visões, que não apenas as da historiografia. |
|||||||||||||