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Em 1912, em a Vida Portuguesa, órgão da Renascença Portuguesa que dirigia, Jaime Cortesão incita a “uma larga renovação dos estudos históricos em Portugal”, indispensável à renovação da consciência nacional. No que também se empenhava com Alfredo Coelho de Magalhães, orientando a colecção ‘Biblioteca Lusitana’, da Renascença. Havia que “fecundar o presente com um espírito de continuidade histórica.” (Paulo Samuel, A Renascença Portuguesa, p. 105). Com ele polemiza António Sérgio, para quem era desconhecido o modelo “lusitano do passado. Ao Lusismo casa-se sempre naturalmente o Historismo, ou Defuntismo.” (Ibidem, p. 109). Ora a Torre do Tombo não devia ser considerada a botica para as maleitas nacionais. Porque o essencial não residia no passado mas “no interesse pelos problemas de hoje.” (Ibidem, p. 111). Posições antagónicas, à partida. Mas será Cortesão que se vai aproximar de Sérgio, porque este o fizera reflectir. Poderá ser mesmo que começasse a estudar história como reacção a Sérgio. A uma fase de exaltação romântica, verbosa, com mera utilidade cívica e política, segue-se a tomada de consciência de que a história é um fazer, uma pesquisa, uma paciência. Ganha apetite pela história-construção dos historiadores. É uma necessidade de quem decerto sentia que toda aquela retórica carecia de fundamento. |
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