| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | Estrangeiros | |||||||||||||
A teoria do sigilo revela a grande preocupação do historiador: a racionalidade da construção. É nesse esforço de integração de pedras deslocadas ou inclassificáveis na compreensão que procura, que aparece e se desenvolve a tentativa de considerar o sigilo como inerente à história dos descobrimentos portugueses. Nesse todo, incongruente à primeira vista, há que procurar com que muitos dos testemunhos alcancem inteligibilidade. O insatisfeito cidadão de uma república ameaçada, o incumprido poeta da acção que sentiu todo o valor da vida num conflito dramático real, que fez história-vivida, desloca-se então para a história-construção. Da epopeia em que participou, da página de história que escreveu com sangue, passa para a epopeia que outros viveram, noutras eras. Entusiasma-se nesse encontro-revelação, nessa comunidade em que atinge uma “profunda exaltação do espírito, com alguns Homens da nossa Idade de Oiro.” Numa história cuja escrita agora destaca que “se destila nos arquivos” (In Memoriam do Conde de Sabugosa, p. 230). |
|||||||||||||