| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | Estrangeiros | |||||||||||||
Conhecedor dos tesouros artísticos da nação, perito sobre o ensino artístico em Portugal e historiador de arte comparada, nasce a 10 de fevereiro, na Cedofeita, filho de um negociante, José António da Fonseca e Vasconcelos, e de Maria Rita de Freitas Guimarães. Órfão desde os quatro anos e após uma experiência que classifica como repugnante em colégios do Porto, sai de Portugal em direção a Hamburgo em 1859 para o Colégio Harms, onde adquire uma valiosa instrução geral, estuda canto e solfejo e, em 1862, inicia os estudos sobre arte. Nesse período visita a maior parte da Alemanha, Dinamarca, França e Inglaterra. Regressa a Portugal em 1865, com 16 anos, com um diploma de admissão ao curso de Filosofia e, graças à fortuna familiar, sem constrangimentos financeiros. Para ingressar na Universidade de Coimbra, lança-se nos estudos preparatórios mas desilude-se com os métodos de ensino. A Guerra Franco-Prussiana trava o desejo de regressar à Alemanha. Sente, desde o retorno a Portugal, um retraimento nos estudos começados na Alemanha – perante uma sociedade que descreve como sem princípios, seriedade e ideal. Transportado para um novo meio político, intelectual e artístico, mantém ao longo da vida uma prudente distância dos meios políticos, que fustiga com uma independência feroz em momentos de intervenção pública. O “modo científico e literário” (Albrecht Dürer..., 1877, p. IX) de pensar que transporta da formação alemã é usado com uma exigência pouco consentânea com o diletantismo raramente culto com que se vai cruzar. Nesse novo meio, só o ambiente artístico lhe chama pelos sentidos, quando se sedia em Coimbra, a partir das sensações e curiosidades que edifícios e obras de arte lhe suscitam. |
|||||||||||||