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As suas meditações assentam no fundo comum do estudo das relações internacionais de Portugal nos séculos XV e XVI, das migrações artísticas e no exame dos “testemunhos mais insuspeitos” (Da Arquitetura Manuelina, 1885, p. 13), os monumentos. A verificação da arquitetura manuelina como não-original (sem traçado rigoroso, determinação clara das funções, sistema de ornamentação) não se resume à constatação de um ecletismo capaz de aceitar o velho e o novo: na “indisciplina” das artes vê a indisciplina dos costumes, a evidência de uma desorganização sucessiva, a falta de escola, de ensino e estudo; vê a evidência dos “germes dissolventes” de uma época que encontra paralelo no seu século XIX. A análise histórica transporta, portanto, um exame necessariamente moral. O moroso, distinto e aturado trabalho é reconhecido ao longo da vida pelas instituições: liga-se à Gesellschaft für Musikforschung de Berlim (1874), devido ao saber musicológico; à Sociedade de Geografia de Lisboa (1876); ao Instituto Imperial Germânico de Arqueologia (1878); à Real Academia de Belas Artes de San Fernando, de Espanha (1878). É vogal correspondente da Comissão dos Monumentos Nacionais (1896-1898), colabora com o Conselho dos Monumentos Nacionais (a partir de 1902) e é vogal efetivo da Comissão de Arte e Arqueologia da Circunscrição do Norte (1910-1932). É académico de mérito da Academia Nacional de Belas-Artes e académico de mérito literário da Escola de Belas-Artes do Porto (Joaquim de Vasconcelos: historiador, crítico de arte..., p. 40). Outras tantas corporações fazem questão de o agraciar: a Real Associação dos Arquitetos e Arqueólogos, de que é sócio efetivo, com o diploma da medalha de prata da instituição (1879); a Academia Real de Música de Florença (1881), a Sociedade Martins Sarmento (1882), a Escola Livre das Artes do Desenho de Coimbra e o Ateneu Comercial do Porto elegem-no sócio honorário (Idem, p. 146); a Escola de Belas-Artes do Porto com o título de académico de mérito literário (1908). É sócio-benemérito da Associação Industrial Portuguesa (1890). Aos 80 anos, o governo português concede-lhe o Grande Oficialato da Ordem de Santiago (1929) (Idem, p. 255). |
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