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Representante da vontade insubmissa de colocar Portugal no concerto artístico europeu e da valorização das suas riquezas monumentais, contra a “monomania nacionalista” (Joaquim de Vasconcelos, 1929, p. 125), a sua dedicação explode desde cedo em múltiplos trabalhos. Escritor, investigador, pedagogo, viajante incansável, conferencista, publicista, museólogo, bibliófilo e professor (assim que se esgotam os recursos financeiros), situa o estudo erudito da arte como estando ao serviço da divulgação das tradições artísticas populares. Forja uma ideia movente de lidar com a herança cultural, ao valorizar as obras de arte e os monumentos a partir da determinação das suas influências e historicidade e não como despojos nos quais as classes aristocráticas se possam rever como cultas, mantendo-a viva e atuante durante a vida. A escrita (mais de seis dezenas de livros sobre música, pintura, arquitetura, cerâmica, ourivesaria, etnografia, arqueologia, artes decorativas artesanais ou artes caseiras e instrução artística) divide-se pela publicação de estudos originais, de documentação histórica inédita e de catálogos – em que o manejo e a indicação exaustiva de fontes primárias constroem uma reputação de exigência e probidade. Também emerge através de documentos de intervenção cívica (casos da polémica sobre a tradução de uma obra de Goethe e da análise aos projetos governamentais para a reforma do ensino artístico). |
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