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Igualmente se dispersa por artigos na imprensa (entre outros, nos jornais A Atualidade, do Porto, Comércio do Porto, Ilustração Portuguesa, Jornal do Comércio, de Lisboa) e em publicações de arte, de pedagogia da arte ou de ensino (A Arte, de Coimbra, A Arte: revista internacional, A Tribuna do Professor, Boletim da Real Associação dos Arquitetos e Arqueólogos Portugueses, Ilustração Moderna, O Arqueólogo Português, O Ensino. Jornal do Colégio Portuense dedicado aos Pais, Revista de Guimarães, Revista dos Liceus). Algumas publicações relacionam-se com instituições às quais pertence ou ajuda a fundar. É o caso de A Arte Portuguesa: Revista Mensal de Belas Artes, editada pelo Centro Artístico Portuense (fundado em 1879), no qual se inscreve como sócio protetor e será eleito presidente (1882-1883); ou da Revista da Sociedade de Instrução do Porto, a cuja fundação está ligado (1880), assumindo o secretariado, organizando os primeiros estatutos e o regulamento e sendo membro da comissão científica (1881-1883). A primeira obra publicada aos 21 anos (1870) é um trabalho de reconstituição biográfica de 400 músicos portugueses, que inaugura em Portugal a publicação de dicionários biográficos sobre músicos. Reúne dados dispersos em dicionários estrangeiros, nomeadamente do músico e musicólogo alemão Joahann Nikolaus Forkel e do musicólogo belga François-Joseph Fétis. Baseia-se também em trabalhos do escritor e bibliógrafo Diogo Barbosa de Machado, cuja obra Biblioteca Lusitana é a “primeira origem da nossa biografia” (Os Músicos Portugueses..., 1870, p. XXVIII) e em contributos “generosos por alguns homens dedicados”, à cabeça dos quais está o musicólogo Joaquim José Marques. “A este homem distinto deve a arte os mais valiosos serviços (…). É esta a fonte riquíssima de onde tem saído modernamente tudo o que sobre música se tem escrito em Portugal” (Idem, p. XXX). Se reconhece que Portugal se distinguiu nas artes da escultura, arquitetura, pintura e música, que houve no seu cultivo “artistas de grande mérito” (Idem, 1870, p. X), e de que vale a pena o estudo das artes correlativas, desenho, gravura, litografia, fotografia, cerâmica, epigrafia, filologia, espanta-o não haver uma história das belas-artes em Portugal e alarma-o o povo desconhecer o nome dos artistas nacionais. Em razão dessa falta faz distribuir por jornais em meados de 1872 um prospeto de uma publicação anunciada como repositório de estudos para uma história das artes peninsular, a Arqueologia Artística, cujo primeiro fascículo é dedicado à cantora lírica Luísa Todi (1873). |
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