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Ao se iniciar a década de 1940, Gilberto Freyre era reconhecidamente um dos intelectuais brasileiros mais importantes da primeira metade do século, senão o mais importante. Esta posição, sedimentada pelo sucesso de seus livros, pela colaboração em diversos jornais e revistas nacionais e estrangeiras e pela atuação como conferencista e professor dentro e fora do país, lhe permitia viver como um scholar independente, sem vínculos formais de ordem profissional ou institucional – ou, como ele gostaria de dizer, como um escritor, simplesmente. Casa-grande & senzala firmou-se, cada vez mais, como obra maior, a qual irradiava suas ideias-força sobre todo o restante de sua produção (por vezes, obscurecendo-a), e esta, não bastasse já não ser pequena, continuava a se expandir a ponto do prolífico autor propor e insistir junto a José Olympio a reunião de toda ela numa coleção própria, a “Gilbertiana” – sonho realizado em 1958, com o nome oficial de “Obras reunidas de Gilberto Freyre”. Convites, homenagens, prêmios e títulos também se tornaram frequentes daí por diante, e em número crescente à medida que avançavam os anos, chegando até a ser condecorado Cavaleiro do Império Britânico (Sir), em 1971. |
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