Subsídios para a história da cartografia portuguesa (1916); Guerra peninsular - suas causas e efeitos (1933); História de Angola (1937); A Restauração e as colónias portuguesas (1940); A cidade de Benguela do século XVI e os portugueses (1945); De como o plano português da Índia levou ao descobrimento da América (1949); O Garb extremo do Andaluz e “Bortugal” nos historiadores e geógrafos árabes (1960); Reminiscências portuguesas na Arábia Oriental (1961); De como se ganhou e perdeu Goa (1962); Os Portugueses no Peru nos séculos XVI e XVII (1967); Vasco da Gama and Portuguese multi-racial inter-course (1969); Colecção de provas históricas dos objectivos nacionais (1971); Portugal, uma realidade histórico-cultural em quatro continentes (1971).
A história material e a etno-história sobrevivem no espólio do Museu Etnográfico, assim como a história da geografia e a geografia histórica são asseguradas por inúmeros estudos e documentos depositados na Biblioteca da SGL A divulgação de quadros e temas da História de Portugal através da sua expressão cerimoniosa no espaço público – com comemorações, desfiles e conferências – podem ainda ser incluídos nas categorias memorial e comemorativa acima referidas. A mobilização de estudos históricos pela SGL teve assim uma finalidade de consciencialização, nacional e internacional, e de resposta face aos contextos das políticas internacionais em matéria colonial. Ao invocar uma série de argumentos de natureza histórica para contrariar a incapacidade de Portugal em ocupar e explorar de facto as suas possessões coloniais no século XIX, como ficou definido na Conferência de Berlim (1885), ou de acatar os princípios da Carta das Nações Unidas (1945), da Declaração Universal do Direitos do Homem (1948) e da Resolução da Assembleia das Nações Unidas 1514 (XV sessão), de 14 de Dezembro de 1960 (declaração de garantia de independência aos países e povos colonizados), a SGL mobilizou o conhecimento histórico como dispositivo formal para a legitimação de uma política colonial consabidamente retórica e ineficiente no terreno. Daí o pendor colonialo-nacionalista colocado na escrita de muitos estudos de história patrocinados pela SGL que, até 1974, estiveram comprometidos com a agenda política do Estado português.