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A EQUIPA
CONTACTO
Historiador e formador de grande relevância do século XX em Portugal, as suas origens familiares situam-se no norte do país. Seu pai, José Pinto de Macedo, economista, professor, político e jornalista, provinha de uma família duriense, com ligações a Vila Nova de Gaia e a Resende. Fora Secretário do Partido Republicano Radical e defendia uma posição constitucional de autonomia a conceder aos territórios ultramarinos nomeadamente de Angola. Sua mãe, D. Maria da Conceição Borges de Macedo, de família de Trás os Montes, Macedo de Cavaleiros e Vale Benfeito, era fiel à religiosidade católica que, em contraste com o marido, terá transmitido a seus filhos. JBM completou o curso liceal em Lisboa, no Liceu Passos Manuel. De entre os professores lembraria, mais tarde, o Doutor Ângelo Ribeiro, um dos colaboradores de Damião Peres na sua História de Portugal. Ingressa na Faculdade de Letras de Lisboa no ano lectivo de 1939/40, destacando-se como aluno, pelo que recebe um prémio de estudo no ano lectivo de 1942/43. Licencia-se em Ciências Históricas e Filosóficas em 1944, com a dissertação A situação económica no tempo de Pombal – alguns aspectos (editada em 1951).
Nesta altura a sua produção era já conhecida, como colaborador, a partir de 1940, na imprensa periódica, nomeadamente em O Diabo, na Seara Nova e Vértice. O texto da conferência proferida no Instituto Francês em Portugal em 17 de Março de 1952, sobre Portugal e a economia pombalina, em que apresenta os primeiros resultados do seu estudo sobre o movimento do porto de Lisboa, reforça a atenção da comunidade científica nacional e internacional e o acolhimento favorável por parte de personalidades como Veiga Simões, Jaime Cortesão, Vitorino Magalhães Godinho, Virgínia Rau, Earl Hamilton e Lucien Febvre. O texto é publicado mais tarde na Revista de História de São Paulo.
Após a licenciatura, e ao mesmo tempo que mantinha a sua actividade de investigador e participava nos projectos editoriais da especialidade, JBM foi Professor provisório do ensino técnico na Escola Machado de Castro em Lisboa (1946-48) e na Escola Fonseca Benevides (1948-49) e Professor de História e Filosofia no Colégio Moderno de Lisboa (1949 -53). Neste ano entra para o quadro dos Correios, Telégrafos e Telefones, onde é “examinador” (1953-57). Continua, no entanto, a pesquisa histórica sobre o porto de Lisboa no século XVIII e sobre a sociedade dos séculos XV e XVI, sem abandonar a leccionação de aulas particulares de Filosofia, História e Português, que manteve até muito tarde.
