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A génese e a evolução do pensamento histórico de JBM pode entender-se, assim, em relação aos interesses culturais e políticos do meio familiar e social em que cresceu, em relação à escola em que foi formado, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e como resposta às diversas conjunturas da realidade que intensamente viveu e que procurou compreender, por critérios múltiplos, por análises precisas distinguindo os motivos de longa, média e curta duração, e pela resposta humana no tempo e no lugar. Aliás eram estas as directrizes para o conhecimento histórico, na linha de renovação de Marc Bloch e Lucien Febvre aos quais se seguira Fernand Braudel. Critérios do seu próprio percurso intelectual e que assumiu como deontologia, a que juntou o realismo e a clareza de explicação da historiografia inglesa que cedo também cultivou, a integração das questões tecnológicas numa visão científica e sociológica e os estudos de mercado, o que o fez rejeitar, em nome da História, tanto as respostas ideológicas que tudo procuram abranger mas não conseguem responder com precisão e rigor ao problema dado, como as explicações imutáveis do determinismo material ou estrutural em que o tempo e o modo e a intervenção humana não têm expressão. |
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