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Ora pela mesma altura, no seguimento da publicação de Maio e a crise da Civilização Burguesa (1970), no círculo de intelectuais e militantes portugueses mantidos ainda solidamente arrimados ao marxismo kremeliniano, ou de outras e variadas cepas, estalava uma nova e retumbante controvérsia. E o pretexto era o modo como Saraiva via e conceptualizava a juvenil insurreição parisiense de 1968, logo convertida numa comoção operária e popular de grande magnitude e impacto mundial. A obra, pouco mais que um opúsculo, ligava o relato da experiência directa desses inusitados acontecimentos a uma interpretação assente numa visão crítica do modelo industrialista e, por conseguinte, da civilização burguesa. Quer na versão liberal quer na marxista que tutelava, no leste europeu, as denominadas “democracias populares”. |
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