| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | Estrangeiros | |||||||||||||
Ora como seria previsível e a exemplo de certas análises imediatamente anteriores onde já se pressentia um ensaio de viragem metodológica e de estratégia conceptual, o amplo tríptico consagrado à cultura de um país europeu multissecular e de diversíssimas e precoces aculturações transcontinentais, é enquadrado, de forma assaz aberta, pelos princípios e métodos do sociologismo marxista. E daí recorrendo à história geral, à qual, de um ângulo evolucionista, concede uma ampla moldura introdutória. Uma obra que, mais tarde, desvinculado desse paradigma sócio-económico de matriz dialéctica, virá a rejeitar. Não obstante, José Mattoso, o historiador que melhor avaliou a contribuição historiográfica de Saraiva, a propósito de postura tão radical, criteriosamente nos tenha convidado a não lhe conceder demasiada atenção. Sublinhando por isso o efeito renovador da contextualização sociológica que os trabalhos de Saraiva importaram para o campo da análise histórico-literária (“António José Saraiva”, Penélope... nº 12, pp. 129-132). |
|||||||||||||