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Mas esta vigilância doutrinária alcançou o clímax, e então com vasta ressonância nos meios da cultura, na ácida troca de textos com António Sérgio, o seu ex-mentor ideológico. No documento mais extenso de resposta a Sérgio, O caprichismo teórico do sr. António Sérgio (1952), um título epigonal e assim irónico, reúne os argumentos de maior contundência e subtileza que dirigiu contra as ambiguidades e contradições teóricas daquele pensador. Com especial relevância para a dicotomia gnoseológica implícita na relação sujeito-objecto, à época, o ponto nevrálgico de qualquer debate envolvendo o processo de conhecimento. Mas outra polémica em que participou nesses tempos eruptivos, e se prolongou por vários anos da primeira metade de década de 50, incendiara desde 1952 o próprio cenáculo intelectual a que pertencia. Minoritária, de recorte jdanovista, a posição de Saraiva acabou por obter o apoio de Álvaro Cunhal (António Vale), na ocasião encarcerado em Lisboa e já com forte ascendente político entre os membros do seu partido (J. Pacheco Pereira, Álvaro Cunhal. Uma biografia... (2005), vol. 3, pp. 219-262). |
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