É uma obra fundamental para se conhecer o quadro institucional no período tratado e mesmo na época medieval. Seria reeditada por Jorge Borges de Macedo (1971) que lhe dedicou uma introdução a valorizar o trabalho no contexto da historiografia liberal.

Um historiador aqui chamado como um exemplo marginal é José Ernesto de Sousa Caldas (1842-1932). Natural de Viana do Castelo, filho de gente «miserável», fez os seus estudos na terra e ingressou na carreira de amanuense da Repartição da Fazenda (1861). Em 1877 foi convidado pelo arcebispo de Braga a escrever um Estudo crítico e biográfico acerca de Bartolomeu dos Mártires. No ano seguinte, com a proteção de Manuel Pinheiro Chagas e da ARCL, conseguiu apoios para a sua investigação e com a implantação da República seria nomeado diretor geral dos negócios eclesiásticos do Ministério da Justiça (1910-1916.) Foi sócio da ARCL e do Instituto de Coimbra. A sua História de um Fogo-Morto: (subsídios para uma história nacional) 1258-1848 (1903) e a História da Origem e Estabelecimento da Bula Cruzada em Portugal, desde a sua criação (1197) até à última reforma orgânica (1851) são duas amostras de incursão na história institucional.

Bibliografia

José Subtil

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