................................
A EQUIPA
CONTACTO
1779-1884 | 1885-1974
Esta atividade exigiu, necessariamente, a formação em diplomática, numismática, bibliologia e paleografia, acabando por levar à criação de “um curso de instrucção superior, denominado de bibliothecario-archivista” (1887), bem como da Inspeção Geral das Bibliotecas e Arquivos Públicos.
No início do século XX, com os ideais republicanos sobre educação e cultura, “os serviços das Bibliothecas e Archivos Nacionaes” foram reorganizados (1911) e espalhados por todo o país como é o caso, por exemplo, dos arquivos distritais (1916, Leiria, Bragança e Évora; 1917, Braga; 1918, Lisboa e Santarém; 1931, Porto, Coimbra, Guimarães, Funchal, Ponta Delgada; 1932, Viseu; 1933, Portalegre; 1948, Angra do Heroísmo; 1965, Aveiro, Castelo Branco, Faro, Beja, Guarda, Horta, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real) e, também, dos arquivos «institucionais» como o da Universidade de Coimbra (também arquivo distrital desde 1927), Arquivo Histórico Militar (1911), Arquivo Histórico do Ministério das Obras Públicas (1852), Arquivo Histórico do Ministério dos Negócios Estrangeiros (1921), Arquivo Histórico Ultramarino (1931), Arquivo Histórico do Ministério das Finanças (1937) e muitos arquivos municipais. O mesmo aconteceria à formação dos historiadores com o Curso Superior de Letras (1858-1911) e o surgimento das Faculdades de Letras (1911).
O certo é que, apesar desta rede arquivística, a história institucional assentou, sobretudo, nas fontes jurídicas e, por isso, o século XIX foi o século da edição de coleções de legislação: leis, decretos, alvarás, regulamentos, regimentos, suplementos, repertórios, índices e auxiliares (ver a panóplia desta variedade em A.M. Hespanha, A História do Direito na História Social, Lisboa, 1978).
Terá sido, aliás, esta procura pela legislação impressa que levou à proliferação de oficinas tipográficas especializadas como, entre as mais importantes, a oficina de João António da Silva (1778), António Rodrigues Galhardo, Miguel Rodrigues e a Nunesiana (1797-1801), as tipografias Maigrense e Luís Correia da Cunha (1825-1860), Viúva Silva e Filhos e Alípio Castello Branco (1838-1842).
