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Manifestando com clareza o seu apoio aos estudantes e à “independência da Universidade”, achando que à Universidade e apenas a ela, cabia resolver os seus problemas, adiantando que havia que “verberar a maneira como o Ministério da Educação” se tinha comportado, “sendo ele o único responsável das situações criadas”, e ainda a maneira como “tinha desatendido a Universidade”, estava a dizer o mesmo que alguns próceres do regime, como Marcello Caetano. Mas o padre Silva Rego, ao receber essa carta datada de 13 de Maio de 1962 acha-a escaldante e envia-a ao Ministério da Educação, donde será reexpedida para o do Ultramar. E começa um processo disciplinar que conduzirá à demissão compulsiva, e embora ganhando o recurso e obtendo uma reintegração, em simultâneo se verá acompanhada por nova e definitiva expulsão. O cidadão e cientista altamente qualificado não tinha lugar na Universidade portuguesa. Disso Magalhães Godinho culpará sempre Adriano Moreira. E conclui: “Tive a honra de ser o único professor catedrático demitido.” Ganho o recurso para o Supremo Tribunal Administrativo, é-lhe dada razão, reintegrado e novamente expulso – as duas decisões surgem publicadas no mesmo Diário do Governo. |
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