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História das Instituições II 1779-1884 | 1885-1974 |
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Mas a grande obra historiográfica do Estado Novo foi, sem dúvida, a extensa História de Portugal dirigida por Damião Peres (10 vols publicados entre 1928 e 1981, os primeiros nove entre 1928 e 1954) editada pela Portucalense Editora, de Barcelos, e o volume 10º (1981) da responsabilidade Franco Nogueira sobre o período entre 1933 e 1973. A marca diacrónica desta história centra-se na ideia da «evidência» da soberania portuguesa: a Batalha da S., Mamede (1128), o Tratado de Paz com Castela (1411), a morte de D. João III (1557), a Restauração (1640), o fim do reinado de D. Maria I (1816), o fim do sidonismo (1918), A Constituição Corporativa (1933) e a revolução de abril (1974). A obra é dedicada “à memória dos nossos Maiores”, glorifica a “nação independente” e pretende apresentar “a história de um grande Povo, de uma grande Nação” e seria, por isso, louvada pelo Ministério da Instrução Pública (1934) e premiada com diplomas de honra, designadamente na exposição colonial portuguesa (1934). Trata-se, portanto, de uma história imbuída do nacionalismo característico do Estado Novo longe, contudo, de um empreendimento ideológico, relevada pela diversidade e categoria científica de alguns dos seus colaboradores e onde predomina uma conceção positivista em que o funcionamento concreto das instituições ofusca, com raras exceções, o ordenamento jurídico e o quadro de competências das mesmas. |
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