Embora abundantes, as publicações na área educativa e cultural, tanto na I República como no Estado Novo, são muito poucas as que abordam a temática das instituições, ficando pelos aspetos pedagógicos ou de política educativa e publicaram-se colectâneas de legislação e, no Estado Novo, muitos dados estatísticos.

Apesar de tudo, é de assinalar Alfredo Bensaúde (1856/1941) Notas Histórico-Pedagógicas sobre o Instituto Superior Técnico (1922). A primeira parte é dedicada à evolução do instituto, à comparação com outras escolas estrangeiras, aos dados estatísticos relativos a alunos e a professores. A segunda aos processos pedagógicos e aos trabalhos práticos. Utiliza fontes estatísticas e documentos do arquivo da própria instituição. Borges Grainha (1862/1925) com o prefácio à História do Colégio de Campolide da Companhia de Jesus, contada pelos próprios (1913), é um libelo contra os jesuítas que serviu de base à discussão sobre os crimes dos jesuítas na Câmara dos Deputados e no Senado. Utilizou fontes bibliográficas, imprensa e fontes do colégio. Bernardino Machado (1851/1944), A Universidade de Coimbra (1908) predomina a crítica política e um historial da universidade com base em fontes bibliográficas e do arquivo da UC. Pedro José da Cunha (1867/1945), A Escola Politécnica de Lisboa (1937) é uma obra para celebrar o centenário da Escola Politécnica. Não traz nada de novo face a outros trabalhos semelhantes. Augusto Joaquim Alves dos Santos (1866/1924), O Ensino Primário em Portugal nas suas relações com a História Geral da Nação (1913) com um historial da institucionalização do ensino primário para, em seguida, se centrar na reforma de 1911. Utiliza fundamentalmente fontes legislativas. E Luis de Pina (1901/1972), Faculdade de Letras do Porto. Breve História, (1968). No campo da cultura de referir Gustavo de Matos Sequeira (1880-1962) com a História do Teatro Nacional Dona Maria II, 1955 e O Palácio Nacional da Ajuda: Resenha Histórica, Lisboa, Direção-Geral da Fazenda Pública, 1961. De assinalar, ainda, o contributo dos historiadores do direito (ver desenvolvimento deste tema em verbete próprio neste DHP) de que destacamos Guilherme Braga da Cruz (1916-1977), Direitos da Família, Coimbra, 1942; Adriano Pais da Silva Vaz Serra (1903-1989), A enfiteuse no direito romano, peninsular e português, 1926 (tese de doutoramento); António Pinto de Meireles Barriga (1897-1972), As servidões prediais em direito peninsular e português, 1932; Cabral de Moncada (1888-1974), “A posse de «Ano e Dia» e a prescrição aquisitiva nos costumes municipais portugueses, 1926; “O «século XVIII» na legislação de Pombal”, 1925 e o “O «Tempo», o «Trastempo» e a prescrição aquisitiva nos costumes municipais portugueses”, 1929.

1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | (Pdf)