................................
A EQUIPA
CONTACTO
1779-1884 | 1885-1974
Sobre a administração colonial são referidas as capitanias do Brasil, a Casa de Ceuta e entradas gerais sobre bandeirantes, engenho e donatarias. Ausentes as restantes colónias e o complexo da rede dos governadores-gerais e locais, incluindo o regime de vice-rei. As instituições eclesiásticas estão razoavelmente bem representadas com entradas sobre o Patriarcado, deão, cónego, colegiada, bispado, arcebispado, cabido, capítulos, abadias, constituições, Bula da Cruzada e respetiva junta, paróquia, diocese, Tribunal do Santo Ofício, convento e comendas. A que se associam as Ordens Militares, Religiosas e Honoríficas como a de Cristo, Calatrava, Santiago, Cister, Beneditinos, Cartuxos, Cluny, Ordem dos Hospitalários. Quanto às associações políticas encontramos verbetes para os partidos nascidos no liberalismo (Republicano, Unionista, Progressista, Regenerador, Socialista) e uma chamada para a maçonaria. Uma atenção breve sobre as instituições assistenciais com entradas para misericórdias, gafarias, Casa Pia, acontecendo o mesmo com as educativas, onde encontramos entradas gerais sobre universidade, estudos menores e instrução pública, cabendo a particularidade à Universidade de Évora, ao Colégio dos Nobres e à Escola Politécnica.
No conjunto de colaboradores contamos cinco académicos do Norte (3FLUP, 1 da FMUP e 1 da FEUP), onze académicos do Sul (6 da futura FCSHUL e 5 da FLUL), cinco do Centro (FLUC), nove professores de História do Liceu e colégios, sete investigadores de História, um académico da FDUL e dois metodólogos de História. Ou seja, num grupo de 40 colaboradores contamos apenas um diplomado em Direito, os não universitários representam 18 colaboradores (45%) e os que não pertencem à área científica de história são em número insignificante (dois). O DHPJS é, assim, a primeira grande obra coletiva que não conta com jushistoriadores e combina universitários com investigadores e professores de liceu e/ou colégios, portanto, um observatório único na medida em que contrabalança com o legado jurídico do passado. Apesar de tudo não podemos dizer que o DHPJS tenha evidenciado, de uma forma geral, uma mudança significativa quanto ao sentido da produção sinalizada desde os finais do século XVIII. Podemos, assim, afirmar que, de uma forma geral, a historiografia institucional manteve as mesmas características heurísticas e hermenêuticas desde o século XIX até ao final do Estado Novo.
A «nova história institucional» teria que esperar pelos trabalhos de António Manuel Hespanha (década de 80) a partir dos quais surgirão tendências e modelos de interpretação que acompanharão a revolução epistemológica operada em diversas ciências sociais (em especial a sociologia, filosofia, psicanálise, história, psicologia e antropologia) sobre os fenómenos relacionados com a sociedade e o(s) poder(es), enquanto as linhas de continuidade da historiografia institucional encontraram expressão significativa nas obras de autores como Mário Júlio de Almeida Costa, Martim de Albuquerque e Nuno Espinosa Gomes da Silva.
