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A EQUIPA
CONTACTO
1779-1884 | 1885-1974
Para terminar, tomemos como observatório o Dicionário de História de Portugal (publicado entre 1963 e 1971) dirigido por Joel Serrão, historiador com formação literária e alinhado com os Annales. O que nos diz esta monumental obra sobre as instituições e o perfil dos seus historiadores nas vésperas do 25 de abril de 1974?
Ao contrário do que estava a acontecer com as investidas em temas corporativos, o DHPJS não se ocupou exageradamente desta matéria, com exceção da Casa dos Vinte e Quatro, das assembleias em Cortes (parece, de facto, uma escolha planeada e estratégica) e do recenseamento de ofícios e cargos (advogado, meirinho, mester, mestre, archeiro, contador-mor, calafate, correeiro, cerieiro, estivador, freeiro, almotacé, almoxarife, camareiro, chanceler, escrivão da sisa, vedores da fazenda, alcaide, alferes, capitão, condestável, escudeiro, estribeiro-mor, general, marechal, mordomo, capitão-donatário, almirante, esmoler-mor, corregedor, desembargador, juiz do povo, juiz de fora, ouvidores, tabeliães, vereadores). O mesmo se passou com a administração local onde não é escolhida sequer a câmara de Lisboa, apenas uma entrada geral sobre concelhos e artigos sobre a almotaçaria, almoxarifado e direito de correição. Não há, também, uma incursão particular no campo económico e financeiro, somente verbetes muito gerais sobre bancos, fábricas, Companhias Comerciais e duas especificidades relativas ao Pinhal de Leiria e às Lezírias do Tejo e Sado.
O tema mais abundante continuou a ser o das instituições da administração central num rol numeroso de entradas: Conselho de Guerra, Junta do Comércio, Real Mesa Censória, Correios e Postas, Casa dos Contos, Casa da Mina, Terreiro do Trigo, Casa da Índia, Arsenal da Marinha, Chancelaria Régia, Casa do Cível, Desembargo do Paço, Erário Régio, Escrivão da Puridade, Conselho de Estado, Conselho da Fazenda, Conselho Ultramarino, Ministério dos Negócios da Fazenda, Mesa da Consciência e Ordens, Conselho de Ministros, Ministério Público, Mesa da Consciência e Ordens, Junta de Providência Literária, Academia Real da Marinha, Conselho Real, Ministério do Reino, Sociedade de Geografia de Lisboa, Guarda Nacional Republicana e Casa da Suplicação. Surpreende, contudo, a ausência da Assembleia Nacional Constituinte, Câmara dos Deputados, Câmara dos Pares, Governo Civil, Junta dos Três Estados e Casa da Relação do Porto, para não referir as instituições de charneira do Estado Novo. Ao lado desta panóplia encontramos, ainda, instituições nucleares da monarquia como as Casas dos Grandes (Áustria e Portugal, Cadaval, Bragança, Rainhas e Infantado).
