A Faculdade de Letras da Universidade do Porto 1919-1931 e 1962 ss.
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A História (4.º Grupo, uma vez mais) e a Filosofia (6.º) foram as áreas disciplinares fundadoras da actual FL/UP, acrescidas do mal-amado Curso de Ciências Pedagógicas. O ano escolar de 1961/62 foi sendo preenchido com a instalação da Escola em parte do antigo edifício de Medicina, logo nela se integrando as existências da Biblioteca da primeira FL/UP; e, obviamente, com o recrutamento do Corpo Docente, mediante a abertura de concursos para a categoria transitória de encarregado de curso, já anteriormente testada na Faculdade de Economia / UP [FEP/UP] (1953 ss.).
Entre os candidatos, dois nomes que o Executivo de então liminarmente afastou, mediante resolução do Conselho de Ministros: Joel Serrão (1919 -2008) e Joaquim Barradas de Carvalho (1920-1980). Para os quatro primeiros lugares disponíveis, seleccionou o júri do concurso os nomes que seguem: António Augusto Ferreira da Cruz (1911-1989), à data Director da Biblioteca Pública Municipal do Porto; José António Ferreira de Almeida (1913-1981), o único já doutorado ao tempo, e que desde 1940 exercia na FL/UL como professor contratado; Carlos Eduardo Bastos de Soveral, atrás referido; e Sérgio Augusto da Silva Pinto (1915-1970), bibliotecário da FEP/UP, à data em comissão de serviço como professor da Escola do Magistério Primário de Braga. Foram pois estes os quatro primeiros «sacerdotes de Clio» portuenses, aí ensinando a partir do ano lectivo de 1962/63 (abertura efectiva da Escola). A eles se juntariam, um ano mais tarde e na situação de assistentes: Luís António de Oliveira Ramos (n. 1939), transferido da FL/UL, onde se licenciara e assistira Manuel Heleno (1894-1970), Vitorino Nemésio (1901-1978) e Virgínia Rau (1907-1973); doutorar-se-á na FL/UP em 1972; Jorge Henrique Pais da Silva (1929-1977), que ensinara na ESBAP e depois ensinará na FL/UL; e Flórido Teles de Meneses e Vasconcelos (1920-2005), ulterior Director dos Serviços Culturais da Câmara Municipal do Porto (1968 ss.). Outros assistentes ingressariam nos anos subsequentes, sendo entre eles de salientar o nome do P.e Bernardo Xavier Coutinho (1909-1987), um doutorado por Lovaina que só em 1975 veria a sua situação académica nacionalmente resolvida a contento; e o ulterior autarca da Maia José Vieira de Carvalho (1938-2002).