A Faculdade de Letras da Universidade do Porto 1919-1931 e 1962 ss.
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E 1968 será o ano de uma primeira viragem na Escola portuense, cujo 4.º Grupo a partir de então quase sempre recruta os novos docentes entre os seus próprios diplomados: pioneiros em tal situação foram Carlos Alberto Ferreira de Almeida (1934-1996) e Eugénio Francisco dos Santos (n. 1937), ambos logo no ano em causa; Luís Alberto Adão da Fonseca (n. 1945), 1 ano mais tarde; Cândido dos Santos (n. 1933) e Francisco Fortunato Queirós (1933-2008), em 1970; Aurélio de Araújo Oliveira (n. 1944), em 1971; Fernando Alberto Pereira de Sousa (n. 1942), em 1973; e, na nova categoria de monitor (1970 ss.), entre outros, Armando Luís de Carvalho Homem (n. 1950; para História Medieval); José Marques (n. 1937; para Paleografia e Diplomática); e Armando Coelho Ferreira da Silva (n. 1943; para Arqueologia); todos foram empossados entre Abril de 1973 e Janeiro de 1974.
De 1962 a 1974 a FL/UP conheceu os currículos de História plasmados nas reformas curriculares das FFLL de 1957 e de 1968: ou seja, cursos com a duração de 5 anos + acto de licenciatura (constando este da defesa pública de uma dissertação expressamente elaborada para o efeito); a segunda destas reformas veio reintroduzir nas Universidades o grau de bacharel, obtido no termo do 3.º ano; o objectivo último era o aumento do número dos potenciais candidatos à docência nos Ensinos Liceal, Técnico e (sobretudo) Preparatório (então iniciado).
Ao ter-se em conta o ensino da História e a produção historiográfica portuense na primeira dúzia de anos da Escola, pertinente será salientar as valências complementares da experiência e da juventude.
A primeira será antes de mais simbolizável na erudição – praticada desde os já longínquos anos 30 – de António Cruz, que no dealbar da Casa ultimava uma tese doutoral sobre o «scriptorium» medievo de Santa Cruz de Coimbra (defendida em finais de 1964) e que desde o início marcou a leccionação da disciplina de Paleografia e Diplomática e, mais pontualmente, de História da Cultura Medieval e de História de Portugal II; para além, portanto, de primeiro doutorado da FL/UP, António Cruz viria a ser o primeiro professor catedrático do 4.º Grupo (1969) e o primeiro Director da Escola em situação não-interina (1970-1974).