A Faculdade de Letras da Universidade do Porto 1919-1931 e 1962 ss.
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Como as referências do parágrafo anterior desde logo indiciam, um mínimo de áreas de investigação e docência principia a configurar-se (Arqueologia, História da Arte, História Medieval, História Moderna, História Contemporânea), no quadro das «pré-especializações» (PE’s), que, num quadro marcado pela extinção de facto das dissertações finais, passaram em preencher os 4.º e 5.º anos até à recondução das licenciaturas a uma duração quadrienal (1978). Ainda que sem sequência tal-qual, as PE’s como que prenunciaram as variantes à licenciatura em História (Arqueologia e História da Arte, 1978, com desdobramento em 1981) e os ulteriores mestrados (os primeiros foram os de História Medieval e de História Moderna, com primeiras edições em 1983/84).
A segunda metade da década de 70 assiste ainda ao retomar dos doutoramentos: Cândido dos Santos e Eugénio dos Santos, em 1977 (História Moderna, orientador Jean Delumeau, que em 1984 será também o «directeur de thèse» de João Francisco Marques e feito então dr. h.c. pela Escola); Carlos Alberto Ferreira de Almeida (em História da Arte, orientador José António Ferreira de Almeida), Francisco Fortunato Queirós (em História Contemporânea, orientador António Cruz) e Aurélio de Oliveira (História Moderna; orientador Emmanuel Le Roy Ladurie; transferira-se entretanto para a Universidade do Minho, de onde regressará em 1985), todos em 1979; e Fernando de Sousa (História Contemporânea, orientador A. H. de Oliveira Marques [1933-2007]), em 1980. Também a partir de 1978 se haviam retomado os concursos de provas públicas para professor extraordinário (Humberto Baquero Moreno, Luís de Oliveira Ramos) e as provas para obtenção do título de agregado (Cândido dos Santos, 1979; Eugénio dos Santos, 1980).
Deste modo, quando em finais de 1979 entra em vigor o primeiro Estatuto da Carreira Docente Universitária (ECDU), o 4.º Grupo da FL/UP dispõe de 4 elementos habilitados a assumir a cátedra (Baquero Moreno, Oliveira Ramos, Cândido dos Santos e Eugénio dos Santos), e todos como tal serão empossados no Verão de 1981, em curiosa coincidência temporal com a saída de cena de alguns avatares da primeira geração decana: é a ocorrência, de Julho a Outubro do mesmo ano, das jubilações de António Cruz e de Rafael Ávila de Azevedo e da morte de José António Ferreira de Almeida; aos novos catedráticos se juntarão, até 1985, Carlos Alberto Ferreira de Almeida, Luís Adão da Fonseca, Fernando de Sousa, Aurélio de Oliveira e Francisco Fortunato Queirós.