Entretanto, em 1977, fora convidado pela Universidade Católica Portuguesa, para integrar o corpo docente de História Contemporânea e História Diplomática (Jorge Pedreira, «Godinho, Vitorino Magalhães», 1999, pp. 405-406; José Amado Mendes, Op. Cit., 1996, pp. 296-299). A sua obra é muito vasta e abrange diversos domínios e modalidades, desde o ensaísmo à erudição, da divulgação à intervenção cívica, o que torna a sua análise algo complexa, como já foi notado (José Manuel Subtil, «Jorge Borges de Macedo», 1997, pp. 305-307)
Mais diretamente relacionadas com a história económica são de destacar: A situação económica no tempo de Pombal – alguns aspectos (dissertação de licenciatura, 1951); O Bloqueio continental. Economia e Guerra Peninsular (1962); Problemas de história da indústria portuguesa no século XVIII (tese de doutoramento, 1963); Temas de História Económica de Portugal (1981). Podiam ainda apontar-se vários outros artigos com interesse para a temática em análise, sem esquecer alguns dos publicados no Dicionário de História de Portugal (dir. de Joel Serrão). Como contributo da obra de Macedo para a história económica já foram apontados os seguintes aspetos: a) formalização do concreto e não limitação das análises abstratas; b) identificação dos fatores concretizáveis no conjunto da sociedade; c) a inserção da industrialização do país no mercado mundial; d) problemática tecnológica ligada à problemática dos preços (Luís Aguiar Santos, «A História Económica na obra de Jorge Borges de Macedo», 2007, pp. 21-26). Em termos de linhas inovadoras, quanto a caraterísticas e objetivos da obra de Borges de Macedo, também já foram sublinhadas: a) definição de políticas sem um sistema, mas com uma direção; b) conhecer melhor o reino em ordem a mudá-lo; c) e gerir a conjuntura económica, em ordem a desenvolver o país (Cardoso, 2013: 93-100 José Luís Cardoso, «Jorge Borges de Macedo: problems ...», pp. 1-8 e Id.,, «Vitorino Magalhães Godinho...», e-Journal of Portuguese History, vol. 9, n.º 2, 2014, p. 104-114). Este último aspeto está presente, por exemplo, na seguinte alusão que faz a Alberto Sampaio, em cuja exposição não nota uma ideia de desesperança mas antes de confiança, evidente nas palavras do autor que cita, em seguida: «a única [confiança] que nos resta é esforçar-nos para nos melhorarmos intelectual, moral e economicamente, para que a população geral possa compreender a sua situação e portanto impor a quem o queira uma política fecunda» (apud Macedo, 1995: 419 não identificável).