No âmbito da história económica, entre outras, merecem destaque: Introdução ao estudo da economia portuguesa (1947, posteriormente editada sob o título A Revolução Industrial em Portugal no século XIX, 1976); A economia portuguesa no século XX (1900-1925) (1973); A evolução económica de Portugal dos séculos XII a XV (1964-1967); As ideias económicas no Portugal medievo (séculos XII a XV) (1978); é ainda autor de vários artigos do Dicionário de História de Portugal (dir. de Joel Serrão). Além dos historiadores referenciados, outros se têm dedicado à história económica, não só no âmbito da investigação – em algumas das suas obras – como igualmente na docência e orientação de trabalhos académicos. Na impossibilidade de desenvolver aqui o contributo de todos eles, apenas passo a recordar alguns dos seus nomes e obras mais significativas. António Henrique de Oliveira Marques (1933-2007), além do destaque que deu à história económica na sua conhecida História de Portugal (2 vols., 1972-1973) e na Nova História de Portugal (coord. de parceria com Joel Serrão), é autor de: Hansa e Portugal na Idade Média (1959); Introdução à história da agricultura em Portugal: A questão cerealífera durante a Idade Média (1962); e, embora já fora do período do presente “Dicionário”, Companhia Geral do Crédito Predial Português. 125 anos de História (1989).
Fernando Piteira Santos (1918-1992), licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi jornalista, historiador e professor da dita Faculdade (1974-1978). Apesar de a sua ação se ter distinguido sobretudo na atividade política, como forte opositor ao regime e no jornalismo, deixou-nos uma obra com interesse para a história económica dos inícios de Oitocentos: Geografia e Economia da Revolução de 1820 (1962). Joel Serrão (1919-2008), Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor do ensino secundário (Viseu, Funchal, Setúbal e Lisboa) e do ensino superior (Instituto Superior e Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa) e administrador da Fundação Calouste Gulbenkian. Sob o ponto de vista historiográfico, «distinguiu-se na década de sessenta ao assumir o planeamento e direção do monumental Dicionário de História de Portugal (quatro volumes, publicados entre 1963 e 1971), no qual igualmente colaborou com numerosas entradas» (António Reis, «Serrão, Joel», 1996, p. 902).