A publicação de fontes acompanhou, em muitos casos, a edição da síntese. Depois dos Apontamentos para a história diplomática de Portugal desde 1826 até 1834 do conselheiro Félix Pereira de Magalhães (1871), os quatro volumes dos Apontamentos para a História Diplomática Contemporânea de António Vianna apresentaram uma notável reorganização de documentos fundamentais para a elaboração de obras posteriores sobre a diplomacia e a política luso-brasileiras, nomeadamente as de Ângelo Pereira, Oliveira Lima ou António Ferrão. Publicados entre 1901 e 1958, abrangem o período 1789 a 1815 (a Introdução) e de 1820 a 1828 (os restantes volumes). Também os trabalhos do embaixador Eduardo Brazão (edições de 1932 a 1980) revelaram fontes indispensáveis para o estudo das relações diplomáticas de Portugal, nos séculos XVII e XVIII. Começou pelos factos, completando informações e corrigindo juízos baseados em suposições infundadas antes de se lançar numa grande síntese, que acabou por nunca completar, mas que teve o mérito de chamar a atenção para a história da diplomacia e da política externa portuguesa.
De finais do séc. XIX a meados do séc. XX, a dinâmica das relações bilaterais despertou a atenção do luso-brasileiro Bernardo Teixeira de Morais Leite Velho, que publicou um Estudo histórico das Relações Diplomaticas e Politicas entre a França e Portugal (1895), desde a fundação da monarquia à queda de Napoleão ou de um inglês, Edgar Prestage, com uma série de obras sobre a história diplomática portuguesa, de monografias de carácter biográfico – D. Francisco Manuel de Melo (1914) ou Frei Domingos do Rosário (1926) – às relações com a França, Inglaterra e Holanda (1928) ou com a Suécia (1943), sem esquecer a velha aliança anglo-portuguesa (1936). As vicissitudes desta ancestral ligação mereceram também um estudo do seu compatriota Charles Boxer (1958) e de outros historiadores, nomeadamente, Armando Marques Guedes (1943), Eduardo Brazão (1957), Caetano Beirão (1942), este especificamente sobre as negociações para o casamento de D. Catarina de Bragança com Carlos II, assunto que também interessou Virgínia Rau (1941).