Para além da sua actividade docente, o ponto mais assinalável em Jaime Moniz deve-se ao facto de ter sido quem mais persistentemente se preocupou com a reforma do ensino, procurando melhorar tanto o Curso Superior de Letras, bem como a educação em Portugal de forma geral. Foi ele quem sempre se bateu por tornar o curso numa escola normal superior, formadora de professores. São bem conhecidas as reformas de Jaime Moniz, com início nos anos 1880, que resultam num grande espectro de transformações em todo o ensino secundário durante largos anos.

Foi também um dos docentes com maior longevidade, contudo, as responsabilidades políticas, nomeadamente no conselho de instrução pública, levam a que no séc. XX venha a prescindir do seu posto universitário. Por esse e outros motivos, ao longo dos largos anos de professorado viu-se por diversas vezes impossibilitado de leccionar a sua cadeira, requerendo substitutos.

Apesar de tudo, ele sempre procurou melhores condições materiais e espirituais do curso, e lutou pela modernização da educação.  Essas ausências eram por isso, não raras vezes, realizadas nesse âmbito, por exemplo, quando patrocinado pelo governo, realizou uma viagem ao estrangeiro para estudar o ensino secundário e os diversos sistemas de instrução, com o intuito de produzir um projecto de reforma.

Cabe agora, seguindo a ordem cronológica, dar seguimento à entrada de novos professores e o subsequente alargamento do curso.  Alguns dos professores acima mencionados tiveram longas carreiras no Curso Superior de Letras, sobretudo os de teoria histórico-filosófica, ou seja, Sousa Lobo e Jaime Moniz.

Para o efeito aqui pretendido o foco deve estar nos marcos mais assinaláveis para os direcionamentos da história, ainda que pontualmente professores de outras disciplinas tenham importância para a dimensão histórica do curso, tanto directamente como indirectamente, sendo por isso também relevante abordá-los o mais sucintamente possível.

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