|
(1911-1974) | ||||||||||||
Outro aclaramento prende-se com a ênfase dada aos professores. Essa é uma escolha deliberada, uma vez que as tendências estão mais associadas a eles, apesar do diálogo que possa haver com os estudantes, ou mesmo fora do contexto académico, dando lugar a evoluções ou correções em função disso. No entanto, em última instância isso passa mais pela preparação dos professores, até porque o formato do curso tinha essa apetência para o monólogo, em vez de uma vertente de discussão em volta de um tema de investigação. Ainda assim, essa perspectiva não é de descartar pois, em boa verdade, foram vários os testemunhos dos estudantes acerca das características dos diferentes docentes. Essas descrições, muitas vezes em formato memorialístico, podem ser encontradas em alguns escritores como Bulhão Pato, Guerreiro Murta, Manuel de Oliveira Lima, Ramalho Ortigão, José Relvas, Hernâni Cidade ou Fidelino de Figueiredo entre outros alunos notáveis. Também encontramos estudantes internacionais, sobretudo vindos de Espanha, que escrevem apreciações acerca do Curso, como no caso de Ginar de Los Rios ou Rafael Labra. Este último vem a Portugal em 1887-88 precisamente numa viagem de estudo, com o objectivo de comparar as diferentes metodologias pedagógicas e a evolução das estruturas educativas. Em 1904-05 esteve igualmente Julio Nombela y Campos ao abrigo de uma bolsa, atribuída pelo governo Espanhol, a realizar estudos em torno do sistema de ensino em Portugal. Apenas a partir da primeira década da existência do Curso começam a surgir as primeiras alterações, com a entrada de novos docentes e a criação de cadeiras suplementares. Os desígnios de transformação sempre tiveram eco nas discussões internas da instituição, mediante várias propostas de reforma e/ou alargamento das matérias ministradas, pelo que a renovação do corpo docente só vem acentuar essa disposição. 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | (Pdf) |
|||||||||||||