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(1911-1974) | ||||||||||||
Alguns dos programas disponíveis deixam antever o conteúdo ministrado, ao longo da sua carreira universitária, mas é através das obras publicadas que mais detalhadamente podemos asseverar acerca da matéria em questão. A sua introdução à história da literatura em Portugal de 1870 foi um grande contributo para o sucesso no concurso a que se candidatou, e nela encontramos provavelmente a base para as suas primeiras lições. Também o seu pequeno ensaio de 1872 acerca dos críticos da sua teoria da história da literatura, onde se defende sobretudo de Antero de Quental e Oliveira Martins, atacando as posições de ambos autores, é elucidativa a esse respeito ao clarificar os seus posicionamentos teóricos. A questão da raça e os fundamentos etnológicos do povo português vão ter um peso determinante na sua análise, sobretudo em torno do seu princípio de síntese das raças. Isto porque o peso relativo de cada uma delas levou a desacordos vários, como, por exemplo, o da teoria do predomínio de uma origem moçárabe, que muitos consideravam residual ou até inexistente nos moldes propostos do Teófilo. Esse determinismo etnológico e geográfico foi bastante criticado por Oliveira Martins, que se inclinava por sua vez para uma teoria voluntarista da nacionalidade. As temáticas e perspectivas sobre as quais assentavam as aulas do Curso Superior de Letras de Teófilo Braga podem então depois já ser lidas no seu Manual da história da literatura portuguesa publicado em 1875. Este era uma adaptação aos liceus das suas lições, num formato compendiado dessa sua teoria cujo o intuito era estabelecer leis e princípios sistemáticos, nos diferentes períodos da história de Portugal posta em relação com as produções literárias de cada época. Essa obra seria depois melhorada em 1886 o que, segundo o próprio autor, reflecte os seus progressos em relação a esse estudo. O factor étnico e geográfico é mais diluído em favor da ideia de um génio nacional baseado no sentimento e na moral, ainda que mantendo a intenção de rigorismo científico na busca de leis nesses processos. 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | (Pdf) |
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