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(1911-1974) | ||||||||||||
A sua conceção de história-ciência, que não deixa de ser narrativa, teria a ciência dos factos como trave mestra, dividindo o ensino desta em três partes correspondentes a 1. Método 2. Didática 3. Prática. O método comparativo seria preferencial na história, do qual resultavam deduções históricas por via da comparação de factos da mesma ordem. A parte didática ocupa-se da classificação das várias formas de exposição historiográfica, enquanto a parte prática corresponde à divisão da história universal em épocas ou de forma mais alargada diz respeito a relações temporais. Esta visão universalizante da história pátria é fundamentalmente nova no panorama de estudos históricos em Portugal, pois não se fica apenas por determinados períodos como a idade média ou a época moderna, mas remonta a períodos mais recuados. É além do mais de certo modo prospectiva, recusando lições do passado, procura antes leis de desenvolvimento que apontam para o futuro. Desse modo, seriam várias as ciências humanas auxiliares da história, como a etnologia ou sociologia, mas também numa ordem mais elementar as ciências naturais forneceriam dados às ciências mais complexas como a história. Contudo, a História não deixa de ter uma componente moralizante para Consiglieri Pedroso, o que de resto não seria incompatível com o seu positivismo. Ao longo do seu compêndio é por exemplo possível descortinar a exposição dos factos positivos, como repositório das práticas de virtude, identificados em várias civilizações nessa marcha de ascensão da humanidade rumo ao conhecimento científico do mundo. Depois de Consiglieri Pedroso a entrada de novos professores é muito diminuta. Ainda que tenham sido várias as tentativas de reforma do curso, invariavelmente procurando o seu alargamento, o programa de estudos permanece mais ou menos estável até o final do século. Apesar de se abrirem algumas cadeiras de línguas, como o grego, e outras em regime de curso livre, como psicologia e pedagogia, não houve grandes alterações no ensino da história. Contudo, agrava-se a preocupante situação de falta de professores na passagem de século. 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | (Pdf) |
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